Visitantes inesperados no Meliponário

Nesta postagem faço uma coleta de imagens e dados sobre animais e bichos em geral que aparecem nas proximidades do meliponário.
Veja mais fotos abaixo:

O Gambá ou sariguê é um vigilante noturno. Parece uma ratazana mas trata-se de um marsupial, parente do canguru(da Austrália). Quando tem filhotes é possível vê-los na sua "sacola" que fica bem na barriga. Este aqui é um macho que começou a visitar para dormir abaixo do telhado das caixas de abelhas e se brigar da chuva. No inicio era bem arisco e fazia um barulho parecendo um bicho mal quando via pessoas, mas com o tempo ficou mais confiante e costuma revirar o resto de comida da composteira que deveria vira adubo orgânico. Aparentemente adora uma batata doce.
Outro dia flagrei o danado se abrigando numa pilha de caixas que havia feito recentemente.
O animal é tranquilo e não oferece problema para as abelhas. É possível que coma insetos, cobras e outras coisas da redondeza. É onívoro(come de tudo) e tem uns dentinhos afiados. Me parece um aliado. Mas costuma dar problema para os criadores de galinha.
Quando é agredido solta um cheiro forte e fedorento, podendo simular estar morto e babar como se estivesse doente. Também faz um barulho de bicho grande e assustador.
Como é selvagem me parece prudente manter uma certa distancia, mas há quem o coma.

Lagartixa. Muitos comentam de comerem as abelhas mas até então nunca presencie tal acontecimento.
Tratando-se de um bicho de vida noturna e as abelhas de vida diurna não ocupam o mesmo nicho e a possibilidade de interação é mínima. Encontra-la de dia para uma foto foi muito casual. Provavelmente fez muito calor e ela precisou move-se, mas logo foi para um canto escuro.
Elas costumam se esconder nas frestas e vãos das caixas e por isso possa ser confundida como predador.
Mas suponho que ela come baratas e aranhas que são muito mais volumosos e potencialmente nutritivos.
É possível que abelhas que são rejeitas pela colônia com asas tortas ou fruto de brigas possa vir a fazer parte da sua dieta mas há um pássaro que tem assumido essa função de forma mais efetiva e em breve postaria fotos dele.
Assim se apresenta no meu ponto de vista e nas minhas observações diárias e para essa espécie da foto como um ser que não atrapalha a vida das abelhas.

-Lagarta que rodeava o pé de figo:

-Vespa caçadora(Pepsis formosa pationii):
Costuma caçar aranhas como caranguejeiras dar uma ferroada e por seus ovos.
Costuma visitar o meliponário com frequência para procurar suas presa. Investiga todo furo e fresta que encontra.
É uma vespa bem grande e tem uma picada com dor na categoria máxima segundo estudos.
Em algumas regiões do Brasil é chamado popularmente de: Cavalo do Cão , provavelmente pelo fato de ser grande e ter essa picada altamente dolorosa.
Não demonstra interesse em agressividade para humanos e não interfere na vida das abelhas. Mas é sempre bom manter uma distancia ou evitar encurrala-la para não receber uma picada inesquecível.
A chegada dessas vespas(Novembro) coincide com a chega das baratas e das aranhas e com o aumento da temperatura(acima de 20°C noite e +-25°C dia).

Pássaro Currirá:
De cor marrom e com movimento muito rápido, vasculha tudo e todos os cantos.
Consegue ficar imóvel numa parede ou mesmo escalar como se fosse uma aranha.
Costuma vir de tempos em temos coletar as abelhas que as colônias costumam expulsar seja por ter uma asa defeituosa, dentre outras deformidades, uma princesa rejeitada e proveniente de brigas.
Tem feito o serviço de limpeza.
Não verifiquei  comportamento predatório com as abelhas que estão em atividade.
No link do Youtube vai encontrar seu canto: Link

 

Aranha armadeira:
Tóxica, agressiva caso incomodada ou atacada.
Esconde-se durante o dia pelos espaços da caixa.
A noite caça baratas e outros insetos.
Merece cuidado ao manusear as caixas de abelhas para não encurralar elas sem querer e ser atacado.
Costuma dar saltos e levantar as patas da frente em posição de ataque.
Normalmente foge com o barulho humano ou com a luz.

Abaixo temos a cobra de vidro(Anguis fragilis) que na verdade é um lagarto com pernas atrofiadas e não uma cobra. Também não é venenoso.

Este réptil costuma dar um grande susto pois é facilmente confundido com uma cobra. Mas é fácil notar na sua boca uma linha amarela que lembra um bico de um pássaro.
É tímida e assim que é notada corre para se esconder.
Mas não oferece risco e parece positivo tê-lo por perto já que sempre surgem aranhas, baratas e outros insetos que este pode eventualmente comer.
Tem hábitos diurnos então é normal vê-lo durante o dia.