A abelha uruçu é uma das abelhas grandes dentre as ASF que tem uma colônia que ocupa volume superior a 8L.
Comparada as abelhas de ferrão(apis) é um volume pequeno mas também há uma produção de cera capaz de ser processada para uso comercial.
Nesses 8L temos aproximadamente 190g de cera pura.
Veja mais fotos e minhas analises sobre o caso. Abaixo:
Há uma diferença entre a cera processada e a cera pura. A processada tem uma espécie de lodo ou terrinha que é depositada juntamente a cera e que acaba dando maior volume e peso.
Após coletar toda a cera de uma colônia adulta a muitos anos bem estruturada obteve-se esse peso como ilustrado na foto.
A consistência da cera e a cor também mudada conforma a espécie. A jataí por exemplo é bem macia com um amarelo vivo.
No caso da apis a cera pura é mais dura e menos viscosa comparando com todas as abelhas sem ferrão e é muito comum entre os meliponicultores o uso de cera de apis misturada com cera de ASF para facilitar a aceitação nas novas divisões.
Vamos agora a uma analise matemática entre Volume da caixa e Cera usada.
Considerando que em: 8L(volume interno) temos 190g de cera
Fazemos:
8L--------------190g
1L---------------X
X=23,75g/L
Ou seja ao por um modulo novo de 1L a abelha precisa de 23,75g de cera para ocupa-lo, seja depositando pólen, cria ou mel.
Normalmente os módulos da uruçu costumam ter volume de 2L o que gera uma demanda de 47,5g por módulo.
Levando em consideração que uma abelha numa situação de ótimo leva 1,5ano(18meses) para ocupar todos esses 8L. Temos:
190g----------18meses
X--------------1mes
X=10,55g/mês
Ou seja uma colônia tem um potencial de fabricar 10,55g de cera por mês e para ocupar os 2L que demandam 47,5g de cera teremos 4,5meses para ocupar plenamente o novo modulo.
É preciso ressaltar que essa analise tem um crescimento médio e desconsidera flutuações como o verão, quando há mais abelhas e a maior atividade. E por experiência noto que esse tempo se reduz pela metade(2meses) no período de calor e alta florada.
Podemos concluir que a adição de um modulo representa um custo para a abelha pois precisará fazer cera o que é custoso.
Esse espaço vazio que demora para ser ocupado é facilmente dominado por forideos que fogem das abelhas e num momento oportuno geram infestações além de stress.
Mediante isso é importante adicionar gradativamente novos módulo e evitar um desgaste da abelha.
A regra básica é após preencher todo o modulo pode-se adicionar novas alças.
Em caso de ataques de forideo remover essas módulos vazios.
No inverno também é importante remover essas módulos que não foram ocupados.
O uso de divisórias entre os módulos INPA de plástico ou madeira facilita as abelhas isolar os forideos nesses espaços vazios, reduzindo a preocupação com a adição dos módulos.
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